São Sebastião tem proposta aprovada na 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial

A 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), realizada no último final de semana em Brasília, foi considerada um marco histórico para a vida da população negra no Brasil. São Sebastião foi representada advogada e presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) São Sebastião, Aline Ramos e pela professora Isabel Cristina Sanchez Aguilera, representando o Poder Público.

O município levou a proposta de fomentar políticas públicas de estado no enfrentamento das emergências climáticas que valorizem os saberes e práticas socioambientais dos povos indígenas, quilombolas, de terreiro e dos povos e comunidades tradicionais.

Essa pauta foi aprovada junto com outras que serão aplicadas ao longo do território nacional.

Realizada de forma ampla e participativa, a conferência reuniu representantes da sociedade civil, gestores públicos e movimentos sociais para debater propostas, apresentar demandas e fortalecer políticas públicas de enfrentamento ao racismo.

Durante a conferência, foram discutidos temas centrais como educação, saúde, trabalho, cultura, participação política e combate ao racismo estrutural, permitindo a construção de diretrizes que orientam o poder público na promoção da equidade racial.

“Para nós, negros, a 5ª Conapir significou muito mais que um evento: foi um espaço de escuta e afirmação de nossas vozes, onde pudemos transformar denúncias em propostas e sonhos em planos de ação”, disse Cristina Sanchez. Ela ainda reforçou que “representou um momento de união e de reafirmação de que nossas lutas são legítimas e necessárias para a construção de um Brasil mais justo, onde possamos viver com dignidade, orgulho e liberdade”.

Outro ponto importante para ela foi ter a sua frase “Nenhum passo atrás na luta por justiça racial” inscrita no Manifesto Sankofa da Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial.

“Sankofa” é um ideograma africano representado por um pássaro com a cabeça voltada para trás ou também pela forma de duas voltas justapostas, espelhadas, lembrando um coração. A etimologia da palavra, em ganês, inclui os termos san (voltar, retornar), ko (ir) e fa (olhar, buscar e pegar). Representa a volta para adquirir conhecimento do passado, a sabedoria e a busca da herança cultural dos antepassados para construir um futuro melhor.

Fonte/PMSS